quinta-feira, 29 de março de 2012

O Bonde das loiras


Encontraram-se como de costume, os sete. Lembraram-se do filme Onze homens e um segredo, entretanto, no caso deles, eram seis segredos e um homem. É evidente que tantos segredos assim não são fáceis de se ocultar ao mesmo tempo, ainda mais quando este segredo é loiro e anda de salto alto a realizar compras por aí. Ele se despediu das comparsas e foi esperar no carro que estava na frente do condomínio de luxo.
Seu pseudônimo é Clyde e espera ansioso em seu ford  (um novo modelo, pois aquele que o verdadeiro, o Barrow, usava, no início do século XX, no meio oeste americano, não é mais fabricado e está muito difícil de conseguir. Logo, o ford do Clyde falso, tem os bigodes aparados ...). Enquanto esperava, ensaiava em seu retovisor caras diferentes, como se fossem máscaras, pensando que estava em um filme de Hollywood.
Nesse interim, o tempo fecha. Que merda!
No dia seguinte, Clyde esperava vestido de jaqueta marrom, estava receioso, pois logo hoje a Marylin não poderia comparecer devido à chuva de baba que seu cão tinha jogado em seu cabelo,  estragando, dessa forma, o seu penteado empapado de laquê. Após duas horas de espera, seu smarthphone vibra, Bonnie avisava por torpedo que a sua chapinha tinha ido para cucuia, fora a unha de esmalte suiço da Malévola que tinha quebrado, e que o furto de hoje tinha naufragado. Clyde fica furioso, da última vez tinha sido o salto da Susan que quebrou, agora a unha, valha-me Deus! Assim não se pode trabalhar... Ainda mais agora que tinha ensaiado em seu retovisor todo seu repertório de caras adquiridas pelos filmes de Hollywood.
Clyde vai para sua casa de praia junto com Bonnie, seu amor bandido, lá ele pensa que é o George Clooney, já que ele é o único homem com seus seis segredos. Levanta as sobrancelhas tenta fazer caras e bocas, lhe falta alguma coisa, o que será?  Ah! Já sei, um porquinho amarrado na coleira.
Como tudo não dura para sempre, eles são descobertos quando curtiam um final de semana na sua casa de praia. Clyde, não abandonando sua visão cinematográfica dos fatos, fala que resistirão até que seus pulmões lhes faltem, logo não iria se entregar facilmente. Enquanto pensava num fim triunfante, estilo velho oeste, Bonnie se entrega sem que ele perceba. Agora os dois vão viver um sonho de liberdade...

quinta-feira, 8 de março de 2012

Uncle Sam contra o Irã


Uncle Sam chamou todos os seus comparsas para a reunião no Pontógono (antigamente era conhecido como Pentágono, mas como eles nunca saem do mesmo ponto...). Uncle Sam estava vestido como de costume, cartola e fraque nas cores do seu country. Ao seu redor se encontravam seus assessores da guerra: mister Killer e Hylárya Píton.
– Olá, lady and gentleman, convoquei os senhores para elaborar nossas estratégias para the war.
Ao ouvir essa palavra, mister Killer sentiu arrepios em sua espinha. Sir Killer também é conhecido popularmente como diabo, entretanto adotou uma nova aparência... Agora ele é de um tipo musculoso, mas sem chifres para evitar as piadinhas, como: lá vai o corno, o chifrudo! Sabe... A imagem estava demasiadamente gasta, ninguém mais se assusta com um tipo vermelho e de chifres rodando por aí, vão pensar que é carnaval fora de época e vão perguntar onde comprou o abadá e cantarão em coro as vogais de um axé fora de moda. Já o loiro musculoso de olhos azuis pode até passar por mocinho da história, ele já estava cansado de ser o malfeitor.
Men, vamos fazer a guerra contra o Irã, Síria... Vamos chupar o petróleo daquele Country como se bebe coca-cola no canudinho.
Hylárya Píton ficou vermelha e questionou como eles fariam isso. Uncle Sam respondeu que ele sempre tinha bombas escondidas na cartola (tão escondidas que até hoje procuram-nas no Iraque...). No mais, eles tinham El Diablo Ramadi, conhecido como a lenda (lenda às vezes lembra coisas boas, outras, desgraças), nas horas vagas trabalhava como o exterminador do futuro das pessoas. Para dominar o mundo eles iriam utilizar de todas as técnicas, como a utilização dos Drones (avião não tripulado) e alguns viciados em joguinhos maléficos. Uncle Sam falava entusiasmado todo o seu plano diabólico, com as verdinhas pingando no nariz (não o dólar, mas as secreções nasais advindas de uma gripe cachorrina na economia mundial).
Uncle Sam, Hylárya Píton e Mister Killer comemoram com a abertura de uma cidra (a recessão chegou até na casa white...). Logo estariam mijando em alguns cadáveres por aí, além, é claro, de sugar todo o petróleo que puder.